segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Taxa de Mortalidade por Hanseníase na cidade de João Pessoa em 2005

Mortalidade - Paraíba

Óbitos p/Residênc segundo Município
Município: João Pessoa
Causa - CID-BR-10: Hanseníase
Período: 2005
Município Óbitos p/Residênc
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

Taxa de Mortalidade = 0,015


TOTAL 1
250750 João Pessoa 1

Mapa da Mortalidade da Paraíba por Município em 2005

Filtro de Pesquisa realizada na BVS


Base de dados : LILACS
Pesquisa : ( hanseníase ) or "HANSENIASE CUTANEA/TH" [Descritor de assunto] and "ENSAIO CLINICO CONTROLADO" [Tipo de publicação]
Referências encontradas : 2 [refinar]
Mostrando: 1 .. 2 no formato [Detalhado]

Aberta Consulta Pública sobre o uso de talidomida - ANVISA


Considerando a necessidade de unificação da legislação sobre o uso da talidomida no Brasil e os recentes avanços científicos relacionados ao conhecimento sobre essa substância, a Anvisa abre a Consulta Pública nº 63 (PDF). Durante 60 dias, a contar de 15/09, a sociedade poderá enviar críticas e sugestões à proposta do novo regulamento técnico sobre a talidomida.

A substância química talidomida foi desenvolvida na Alemanha Ocidental na década de 50. Entre outras indicações terapêuticas, foi usada como antiemético, para aliviar enjôos durante a gravidez. No início dos anos 60, pesquisadores constataram que a talidomida era a responsável direta pelo nascimento de bebês com malformações congênitas, o que fez com que a substância fosse retirada do mercado.

Ainda na década de 60, novos estudos demonstraram que a talidomida tinha efeitos benéficos no tratamento da reação hansênica tipo II, fato que permitiu sua reintrodução no mercado. Outras utilizações da substância também foram descobertas. Atualmente, no Brasil, a talidomida só pode ser usada em pacientes cadastrados nos programas governamentais, para auxiliar no tratamento de hanseníase, aids, doenças crônico-degenerativas e mieloma múltiplo.

Termos da proposta

O novo regulamento abrange o registro, a produção, a fabricação, a comercialização, a prescrição e a dispensação de produtos à base de talidomida. Contempla, entre outros itens, tópicos relacionados às indicações terapêuticas, às características das embalagens de medicamentos que contenham a substância e aos procedimentos para importação e exportação.

Os termos da proposta estão disponíveis, na íntegra, por meio da Consulta Pública nº 63 (PDF). Críticas ou sugestões ao texto podem ser encaminhadas para o endereço da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Gerência-Geral de Medicamentos, SEPN 515, Bloco “B”, Ed. Ômega, 1º subsolo, Asa Norte, Brasília-DF, CEP 70770-502. Também podem ser enviadas pelo fax (061) 3448-1228 ou pelo e-mail med.controlados@anvisa.gov.br.

Informação: Assessoria de Imprensa da Anvisa

Pesquisa realizada no Cochrane


(hanseniase) - 5 encontrado(s)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Entrevista com médico sanitarista.

Entrevista realizada no dia 27 de Novembro de 2004 com Humberto Barreto, médico sanitarista.

"A hanseníase ainda é um problema de saúde pública"

Afirma o médico Humberto Barreto, formado pela UFBA com especialização em saúde pública pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e mestrado em saúde coletiva pela Universidade Federal da Bahia. Barreto explica que a Hanseníase é uma das doenças de pele que mais afetam o brasileiro e pode causar seqüelas irreversíveis. No Brasil, a cada grupo de 10 mil habitantes quatro têm a hanseníase. A proporção é quatro vezes maior que a aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Itabuna apresenta a mesma média nacional. Na entrevista que segue, o médico sanitarista explica quais são os sintomas da doença, como é feito o tratamento, o que fazer para combatê-la e a campanha que está sendo realizada neste final de semana.
A Região - Qual é o objetivo da campanha?
Existem diversos tipos de doenças de pele, como a pitiríase versicolor (pano), a impinge (dermatofitose), a sarna, o piolho, o câncer de pele e a hanseníase. O que nós buscamos é identificar as pessoas acometidas por alguma dessas doenças e encaminhá-las para tratamento. Mas a hanseníase é, sem dúvida, nossa maior preocupação
AR - É o foco principal da campanha?
Esta é uma doença que deixa seqüelas irreversíveis, mas o paciente pode se curar. Nossa ação para combatê-la se dá por causa de um compromisso do Brasil com a Organização Mundial de Saúde (OMS), de eliminar a hanseníase até o próximo ano.
AR - Vai ser possível atingir essa meta?
Apenas dois estados brasileiros conseguiram eliminar a doença, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Outros estados, como São Paulo, Paraná e Distrito Federal, estão próximos desse objetivo. Então, não vai ser possível eliminar a doença até 2005. A hanseníase ainda é um problema de saúde pública.
AR - Qual é o quadro da doença em nível nacional?
No Brasil, a proporção é de quatro casos de hanseníase a cada grupo de dez mil pessoas. O compromisso é baixar para menos de um caso a cada grupo de dez mil habitantes
AR - E no estado e em Itabuna, qual é o cenário?
Itabuna encontra-se na média estadual, mas até o dia 22 de novembro já havíamos registrado 81 casos da doença. A cada ano tem aumentado o número de casos, mas ele acompanha o crescimento populacional. No sul da Bahia os municípios com maior número de notificações são Camacan e Santa Luzia.
AR - Por que a incidência dessa doença ainda é grande?
Ela está ligada a condições alimentares, higiênicas e à moradia. Como o indivíduo não tem uma boa alimentação ou mora em casa de poucos cômodos, por exemplo, as chances de a doença se propagar são maiores. A hanseníase é transmitida pelas vias áreas, através de contatos íntimos e frequentes com a pessoa infectada. Esse contágio ocorre pela fala, espirro ou tosse. A doença se desenvolve entre dois a cinco anos, que é o período de incubação.
AR - Como a pessoa pode saber se possui ou não a doença?
A hanseníase se apresenta como uma mancha semelhante a pano ou impinge. A pele fica esbranquiçada ou avermelhada e a pessoa perde a sensibilidade no local afetado. Ou seja, você não sente o toque nem dor nessa região. É o que chamamos de lesões anestésicas
AR - Quais são as conseqüências mais comuns da hanseníase?
É importante que a pessoa procure uma unidade de saúde que ofereça atendimento a este tipo de doença, pois a hanseníase pode atingir o nervo e até causar defeitos físicos. Esses defeitos ocorrem em partes como o pé, a mão ou a visão. Quanto mais cedo for o diagnóstico, mais rápida será a cura e menores as sequelas.
AR - Como é feito o tratamento?
Aplicação de dois medicamentos, quando em menor nível, ou três medicamentos quando for hanseníase contagiosa. Nos casos precoces, o tratamento é feito em seis meses. Se a doença estiver avançada, será de doze meses. O método é o da poliquimioterapia, que consiste na ingestão de antibióticos pelo período indicado.
AR - Esses remédios apresentam efeitos colaterais?
São antibióticos fortes e a absorção do remédio é feita pelos rins e fígado. Por isso, antes do medicamento o paciente passa por exames para constatar se não possui algum problema nos rins ou no fígado e, ainda, para saber se não possui diabetes
AR - O atendimento é gratuito?
Não só o atendimento como todo o tratamento. Os medicamentos são distribuídos pela OMS, através do Ministério da Saúde e dos municípios. Hoje, um grande número de profissionais está capacitado para identificar e atender pacientes com hanseníase.
AR - Onde a pessoa suspeita pode buscar atenção médica?
Em Itabuna, em qualquer unidade básica de Saúde ou da Família. Fora isso, temos as seis unidades-referência para o tratamento, que são o antigo Sesp e as UBS dos bairros Califórnia, Santo Antônio, Lomanto, São Caetano e Isolina Guimarães. Itabuna tem hoje uma rede capacitada para este trabalho.
AR - Como o senhor avalia o nível de esclarecimento da população sobre a doença?
Nós precisamos de campanhas de divulgação sobre os sintomas da doença e as formas de tratamento e cura. Quando ocorrem campanhas como esta ou os veículos de comunicação abordam este tema, cresce o número de atendimentos.
AR - Por que é baixo o índice de pacientes que abandonam o tratamento?
O medicamento tem dose supervisionada. Se o paciente falta ao tratamento, uma equipe vai à sua procura. Isso colabora para a eficácia e o baixo índice de abandono. Temos 123 pacientes em tratamento e os resultados fizeram com que Itabuna ganhasse prêmio por causa da política de atenção e combate à hanseníase.
AR - E como a população vê o paciente? Ainda é estigmatizado?
A rejeição aos doentes e seus familiares foi minimizada. Isso colaborou para aumentar a busca espontânea por tratamento. O preconceito diminuiu porque também se evitou o avanço de casos mais graves da doença, que são as incapacidades e os defeitos físicos.
AR - Existe tratamento especial para os casos mais graves?
Depende do sistema imunológico do paciente. Quem tem um sistema com baixa resistência pode ter muitas lesões, principalmente se não for diagnosticado logo no início. É comum que pessoas cheguem com problemas na visão, uma das conseqüências da doença. Os casos mais graves, que afetam o nervo e causam defeitos físicos nos membros, vão para o serviço de fisioterapia. Uma das sequelas mais danosas é o pé dormente, em que a pessoa até se fura e não sente porque perdeu a sensibilidade nesta parte do corpo. O importante é saber que a doença tem cura e, se o diagnóstico for feito no início, não apresentará seqüelas.

Efeitos colaterais hematológicos da dapsona.


A dapsona, fármaco de escolha no tratamento da hanseníase, induz hemotoxicidade que está diretamente relacionada à N-hidroxilação sofrida pelo fármaco, uma de suas principais vias de biotransformação, devido à formação de produtos reativos, as N-hidroxilaminas. Com o objetivo de se avaliar a influência da N-acetilcisteína na toxicidade hematológica e bioquímica da dapsona, foi administrado em ratos Wistar, por via intraperitoneal, 40 mg/kg de dapsona em monoterapia e associada à N-acetilcisteína na dose de 75 mg/kg, concomitantemente e previamente. Os resultados obtidos mostraram que a interação entre a N-acetilcisteína e a dapsona potenciava a hemotoxicidade induzida pela dapsona, principalmente pelo incremento da porcentagem de metemoglobinemia. Em relação aos outros parâmetros estudados: glutationa, bilirrubina, lactato desidrogenase, hemograma completo, contagem de reticulócitos, fragilidade osmótica e dosagem de haptoglobina, os resultados encontrados foram controversos e pouco conclusivos. Os dados observados no presente trabalho permitiram evidenciar que a associação da N-acetilcisteína potenciou a hemotoxicidade da dapsona, como comprovado pelas análises estatísticas de variância (ANOVA), através do teste de Tukey-Kramer, com nível de significância fixado em p<0,05.


Estudo epidemiológico publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia

Trecho extraído de um estudo epidemiológico realizado no Ceará e publicado nos Anais Brasileiros de Dermatologia.








Forma Tuberculóide



Forma Dimorfa




Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em um centro de referência na região nordeste do Brasil

Clinical and epidemiological profile of patients diagnosed with leprosy in a reference center in the notheast of Brazil

An. Bras. Dermatol. v.80 supl.3 Rio de Janeiro nov./dez. 2005
doi: 10.1590/S0365-05962005001000004
Cícero Cláudio Dias Gomes; Maria Araci de Andrade Pontes; Heitor de Sá Gonçalves; Gerson Oliveira Penna


A hanseníase possui largo espectro de apresentações clínicas, cujo diagnóstico baseia-se principalmente na presença de lesões de pele, perda de sensibilidade e espessamento neural. As variadas formas clínicas de apresentação são determinadas por diferentes níveis de resposta imune celular ao M. leprae.1 O quadro neurológico acomete os nervos periféricos, atingindo desde as terminações na derme até os troncos nervosos, sendo clinicamente uma neuropatia mista, que compromete fibras nervosas sensitivas, motoras e autonômicas. A sensibilidade é alterada em suas modalidades térmica, dolorosa e táctil.
Para fins de tratamento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs uma classificação que divide os pacientes em paucibacilares (PB), com 1-5 lesões e baciloscopia negativa, e multibacilares (MB), com mais de cinco lesões e com ou sem baciloscopia positiva.
A hanseníase pode ainda, durante seu curso ou até mesmo após a cura, apresentar fenômenos agudos denominados reações. Há dois tipos de reação: as do tipo 1 ocorrem em pacientes com algum grau de imunidade celular, como os tuberculóides e dimorfos (resposta do tipo Th1), e as reações do tipo 2, mediadas por anticorpos, ocorrem nos virchowianos e também em alguns dimorfos (resposta do tipo Th2). A manifestação clínica mais freqüente da reação tipo 2 é o eritema nodoso hansênico (ENH).
Essas reações são causa freqüente de incapacidades, podendo ser acompanhadas de dor intensa, hipersensibilidade do nervo, edema, déficit motor e sensitivo. Podem ocorrer ainda neurites silenciosas, em que não se verificam os achados de dor ou hipersensibilidade do nervo, mas há alterações de sensibilidade e de força motora, e, muitas vezes, só podem ser detectadas por exames específicos, o que torna de suma importância as avaliações periódicas, mesmo na ausência de qualquer queixa do paciente.

O tratamento da doença é feito por meio dos esquemas de poliquimioterapia preconizados pela OMS: para pacientes paucibacilares, composto de seis doses, com 100mg diárias de dapsona e dose supervisionada de 600mg mensais de rifampicina; para os multibacilares, dose diária de 100mg de dapsona e 50mg de clofazimina, e dose mensal supervisionada de 600mg de rifampicina e 300mg de clofazimina, no total de 12 doses.

As características epidemiológicas da hanseníase têm sido objeto de numerosos estudos nas últimas três décadas, visando à compreensão dos fatores que contribuem para a manutenção da endemia e o estabelecimento de novas estratégias no controle da doença como problema de saúde pública.
Conclusão
Com base nos resultados obtidos, foram observados: a presença de elevado percentual (7,7%) de casos detectados em menores de 15 anos; baixo percentual (5,8%) de pacientes diagnosticados na forma indeterminada; elevado percentual (21,7%) de casos com incapacidade ao diagnóstico. Esses indicadores apontam para uma elevada circulação do bacilo na comunidade e a grande dificuldade que a rede básica apresenta de se organizar de forma a diagnosticar precocemente os casos dessa complexa doença.
Chegou-se a 2005 vendo a endemia hansênica apresentar-se no limiar de sua eliminação como problema de saúde pública em nível mundial, considerando indicador principal a prevalência pontual. Entretanto, a utilização da prevalência pontual, enquanto principal indicador de eliminação, tem gerado intensa discussão epidemiológica.
Nas duas últimas décadas, houve redução drástica da prevalência da hanseníase pela implementação da PQT de curta duração em larga escala, ocasionando queda da prevalência global e aproximando-se da meta de eliminação. Entretanto, os coeficientes de detecção, que são indicadores de transmissibilidade da infecção, permanecem elevados e não foram alterados após quase 10 anos de alta cobertura com PQT.
Dados internacionais alertam para o fato de que, em algumas áreas onde a hanseníase tem sido considerada eliminada, tem sido observado aumento dos casos nas formas polares e do grau de incapacidade. Assim, é essencial que as atividades de controle e pesquisa da hanseníase sejam sustentadas, mesmo em países ou áreas que tenham oficialmente alcançado a meta de eliminação.
A complexidade de enfrentamento de uma doença como a hanseníase leva a refletir e redirecionar sua eliminação para um controle efetivo, sedimentado sobre a ética e a medicina baseada em evidências.

Hanseníase utilizando o google academico.


Utilizando a ferramenta do google acadêmico é possível obter um grande número de artigos sobre Hanseníase em diferentes tipos de abordagem. Foi postado aqui alguns exemplos de artigos disponíveis na pesquisa do google acadêmico.


Hanseníase.S Talhari, RG Neves - sl - bases.bireme.br... Id: 89299. Autor: Talhari, Sinésio; Neves, René Garrido. Título: Hanseníase. ... 144p. ilus, Tab. Idioma: Pt. Descritores: Hanseníase. -Brasil. ... Citado por 49 - Artigos relacionados - Em cache - Pesquisa na web

Hanseníase: representaçöes sobre a doença.LBL Claro - Rio de Janeiro - bases.bireme.br... Id: 150234. Autor: Claro, Lenita B. Lorena. Título: Hanseníase: representaçöes sobrea doença. Fonte: Rio de Janeiro; FIOCRUZ; 1995. 110 p. Idioma: Pt. ... Citado por 42 - Artigos relacionados - Em cache - Pesquisa na web


Hanseníase: aspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos/Leprosy: clinical, immunological and …NT Foss - An. bras. dermatol, 1999 - anaisdedermatologia.org.brHanseníase: aspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos Leprosy: clinical,immunological and therapeutical aspects. ... Guia de Controle da Hanseníase. ... Citado por 37 - Artigos relacionados - Em cache - Pesquisa na web - Todas as 4 versões


Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil - B Maranhão - Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2003 - SciELO Brasil... ARTIGO. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazônia doMaranhão, Brasil. ... Palavras-chaves: Hanseníase. Perfil do paciente. ... Citado por 23 - Artigos relacionados - Em cache - Pesquisa na web - Todas as 4 versões

Imunopatologia de Hanseníase a complexidade dos mecanismos da resposta imune do hospedeiro ao …IBM Goulart, GO Penna, G Cunha - Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 2002 - SciELO Brasil... Imunopatologia da hanseníase: a complexidade dos mecanismos da resposta imune dohospedeiro ao Mycobacterium leprae. ... IMUNOPATOLOGIA DA HANSENÍASE. ... Citado por 31 - Artigos relacionados - Em cache - Pesquisa na web - Todas as 5 versões

Fichamento de Artigo sobre Hanseníase.

AUTORES : Marcelo Grossi Araújo
RESUMO : A hanseníase é doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. A predileção pela pele e nervos periféricos confere características peculiares a esta moléstia, tornando o seu diagnóstico simples. O Brasil continua sendo o segundo país em número de casos no mundo, após a Índia. Aproximadamente 94% dos casos conhecidos nas Américas e 94% dos novos diagnosticados são notificados pelo Brasil. A doença manifesta-se em dois pólos estáveis e opostos (virchowiano e tuberculóide) e dois grupos instáveis (indeterminado e dimorfo). Em outra classificação a doença é dividida em forma tuberculóide, borderline ou dimorfa que são subdivididos em dimorfa-tuberculóide, dimorfa-dimorfa e dimorfa-virchowiana, e virchowiana. A baciloscopia é o exame complementar mais útil no diagnóstico. O tratamento da hanseníase compreende: quimioterapia específica, supressão dos surtos reacionais, prevenção de incapacidades físicas, reabilitação física e psicossocial. A poliquimioterapia com rifampicina, dapsona e clofazimina revelou-se muito eficaz e a perspectiva de controle da doença no Brasil é real no curto prazo.
FONTE: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822003000300010&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
IMPORTÂNCIA : Aumentar os conhecimentos a respeito dessa entidade nosológica que afeta a população brasileira com alta incidência.

Descritores da BVS


Descritores encontrados para Hanseníase utilizando a BVS (21/12/2008)


Descritor Inglês: Leprosy
Descritor Espanhol: Lepra
Descritor Português: Hanseníase



Sinônimos Português: Lepra, Doença de Hansen
Categoria:
C01.252.410.040.552.386SP4.001.012.148.164



Definição Português:

Uma
infecção granulomatosa crônica causada pelo MYCOBACTERIUM LEPRAE. As lesões granulomatosas são manifestas na pele, nas membranas mucosas e nos nervos periféricos. Há dois tipos polares ou principais: a lepromatosa e a tuberculóide.


Nota de Indexação Português:

Causada por
Mycobacterium leprae; GER ou não especificado: prefira específicos; hanseníase do rato = MICOBACTERIOSE (como primário) + MYCOBACTERIUM LEPRAEMURIUM (como primário); /quimioter: veja também HANSENOSTÁTICOS; ENL (eritema nodoso leproso): veja nota em HANSENÍASE VIRCHOWIANA



Relacionados Português: Hansenostáticos



Qualificadores Permitidos Português:




Número do Registro: 8096
Identificador Único: D007918




Impacto na qualidade de vida em pacientes com hanseníase: correlação do Dermatology Life Quality Index com diversas variáveis relacionadas à doença.











Segundo um estudo realizado por Bruna Dacier Lobato Martins; Fernanda Nogueira Torres; Maria Leide Wand-Del-Rey de Oliveira do Hospital Clementino Fraga Filho, RJ;com o objetivo de avaliar o grau de comprometimento da qualidade de vida nos pacientes com hanseníase, concluiu-se que:


A hanseníase causa grande prejuízo para a vida diária e as relações interpessoais, provocando sofrimento que ultrapassa a dor e o mal-estar estritamente vinculados ao prejuízo físico, com grande impacto social e psicológico, como demonstrado pela aplicação do questionário de qualidade de vida proposto (DLQI). Esse prejuízo na qualidade de vida associou-se de forma mais importante a algumas situações específicas da doença, como forma clínica multibacilar, reação hansênica e incapacidade física. Fazem-se, portanto, necessários abordagem multidisciplinar ao paciente, ações que visem não só à eliminação, mas também à prevenção de incapacidades, estímulo à adesão ao tratamento e combate ao estigma social, a fim de minimizar o impacto da doença sobre a vida do indivíduo.

Hanseníase ( An. Bras. Dermatol. vol.83 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2008)

Artigo extraído dos Anais Brasileiros de Dermatologia, utilizando o sistema de busca scielo.

An. Bras. Dermatol. vol.83 no.1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2008

A hanseníase é doença infectocontagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se por acometimento dermatoneurológico, variando em espectro entre dois pólos estáveis (tuberculóide e virchowiano), com formas intermediárias instáveis.




Uma classificação operacional, para fins de tratamento, reúne os doentes em dois grupos: a) paucibacilares (PB): correspondem a formas clínicas que possuem imunidade celular preservada, baciloscopia negativa e teste de Mitsuda positivo; b) multibacilares (MB): correspondem a formas clínicas com imunidade específica ao bacilo reduzida ou ausente e baciloscopia positiva. De acordo com essa classificação, define-se o tratamento com a poliquimioterapia (PQT) estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


Apesar de curável, a hanseníase ainda representa relevante problema de saúde pública, sendo o Brasil o segundo país mais endêmico no mundo. Sua maior morbidade associa-se aos estados reacionais e ao acometimento neural que podem causar incapacidades físicas e deformidades permanentes, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos pacientes, com auto-estigmatização e vergonha. Esse problema se agrava pelo fato de a enfermidade estar historicamente associada a estigmas, o que mantém na representação social a idéia de doença mutilante e incurável, provocando atitudes de rejeição e discriminação ao doente, com sua eventual exclusão da sociedade.